Latin America & Caribbean (Portuguese)

Estudo encomendado pela FedEx revela dados sobre o comportamento do comércio eletrônico entre países


  • Pesquisa realizada pela Forrester Consulting visa entender como os consumidores compram, e fornecer informações que ajudem as PMEs a expandir seus negócios internacionalmente;



  • Dados apontam que 82% dos entrevistados globais compram on-line de empresas situadas fora de seu país de residência;



  • No Brasil, a maioria dos consumidores que compram de sites estrangeiros escolhe produtos dos Estados Unidos. Eletrônicos, artigos de vestuário, roupas, livros e calçados são os itens mais pedidos;



  • Em todo o mundo, os consumidores disseram gastar, em média, aproximadamente US$ 300 ao ano em compras internacionais;



  • 52% dos entrevistados brasileiros apontaram o tempo de entrega como um dos principais problemas ao fazerem compras em sites estrangeiros de comprar on-line de outros países, tendo em vista sua experiência pessoal.

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São Paulo, maio de 2015 — Os resultados de um estudo encomendado pela FedEx Corp. (NYSE: FDX) e conduzido pela Forrester Consulting sobre as prioridades e preferências dos consumidores que compram on-line de sites estrangeiros apontam as tendências do comércio eletrônico no mundo. Em um esforço para entender melhor o comportamento de compra global e como as pequenas e médias empresas podem se beneficiar do comércio eletrônico, os pesquisadores entrevistaram mais de 9 mil pessoas em 17 países e territórios, incluindo o Brasil, além de pequenas e médias empresas com operações internacionais. As conclusões estão no relatório “Seizing The Cross-Border Opportunity” (Aproveitando a Oportunidade Internacional), disponível no site http://www.fedex.com/us/ecommerce/.

Segundo estimativas dos pesquisadores, o faturamento do comércio eletrônico nos países estudados deve exceder US$ 1 trilhão em 2014 e esse volume deve dobrar nos próximos quatro anos. No Brasil, o varejo on-line registrou receitas de US$ 19 bilhões no ano passado e tem expectativa de alcançar vendas de US$ 35 bilhões em 2018, o que representa um aumento de 84,2%.

“A pesquisa da Forrester oferece uma visão profunda das prioridades e preferências dos clientes on-line globais e destaca como pequenas e médias empresas podem aproveitar melhor a oportunidade entre fronteiras”, disse Raj Subramaniam, vice-presidente executivo de Marketing Global da FedEx. “Conhecer as semelhanças e as diferenças culturais entre os mercados geográficos pode ajudar as empresas a ganhar vantagem no varejo on-line”

O estudo mostra que uma parcela significativa do comércio eletrônico global envolve transferências entre fronteiras. O levantamento aponta que quase 68% dos brasileiros que compram pela internet escolhem produtos dos Estados Unidos. A China aparece como segunda opção, com 63% dos pedidos vindos do Brasil. Os eletrônicos são os itens mais pedidos, juntamente com artigos de vestuário, roupas, livros e calçados.

Quando se trata de compras on-line, as principais preocupações dos consumidores globais são os custos de transporte (51%) e o prazo de entrega longo (47%). No Brasil, 52% dos entrevistados apontaram o tempo de entrega como um dos principais problemas das compras on-line, tendo em vista sua experiência pessoal. Na América Latina, as maiores preocupações dos compradores on-line, mesmo entre os que nunca enfrentaram problemas do gênero, são a segurança da transação (50%) e a possibilidade de os produtos chegarem danificados (50%).

O que constitui um prazo de entrega longo depende das expectativas dos clientes, mas a maioria dos compradores espera que a entrega aconteça entre uma e duas semanas. Já entre os brasileiros entrevistados, 45% disseram esperar que a entrega ocorra em duas semanas ou mais; 36% dos australianos e 33% dos americanos entrevistados compartilham dessa opinião.

A pesquisa revela, também, que o mercado internacional oferece oportunidade para as pequenas e médias empresas expandirem seus negócios. Para atuarem internacionalmente, as PMEs precisam se diferenciar, oferecendo mercadorias singulares e serviço de alto padrão.

“A FedEx tem auxiliado pequenos e médios empresários a realizar o sonho de fazer negócios internacionalmente. Nossa rede conecta 220 países e territórios e oferecemos serviços adequados para os empreendedores que pretendem exportar”, diz Mike Murkowski, vice-presidente sênior de operações da FedEx Express na América Latina.

Descobertas sobre as compras internacionais em nível global


  • 82% dos entrevistados globais afirmaram comprar on-line de empresas situadas fora de seu país de residência. Esse índice varia minimamente entre as regiões. A maior taxa foi a dos canadenses, com 90%, enquanto a menor foi a dos japoneses, com 59%. Em todo o mundo, os consumidores disseram gastar, em média, aproximadamente US$ 300 ao ano em compras internacionais.
  • Os principais destinos dos compradores on-line são os Estados Unidos, a China e o Reino Unido. Embora os consumidores tenham indicado que compram dos 17 mercados internacionais incluídos no estudo, Estados Unidos, China e Reino Unido aparecem como os três maiores exportadores de compras on-line. Noventa e um por cento dos canadenses disseram comprar de empresas dos Estados Unidos. Os latino-americanos também compram dos Estados Unidos, incluindo 68% dos brasileiros pesquisados. Os europeus tendem a comprar da União Europeia, embora as empresas do Reino Unido enviem seus produtos principalmente para os Estados Unidos e a Austrália. Japoneses e coreanos disseram comprar com mais frequência dos Estados Unidos do que de seus vizinhos na APAC (Região Ásia-Pacífico).
  • Os consumidores que compram internacionalmente preferem fazer negócio com grandes e conceituados varejistas multimarcas e grandes mercados virtuais globais. A maioria dos pesquisados, de todos os países do estudo, elegeu grandes lojas multimarcas ou mercados on-line como sua primeira opção entre cinco outros tipos de empresas para suas compras internacionais. As conclusões também indicam que os mercados on-line são uma forma eficaz para os varejistas de pequeno e médio porte entrarem no mercado internacional.
  • Tarifas e impostos de importação restringem a atividade internacional. Embora os custos de remessa e o prazo de entrega sejam as preocupações mais citadas pelos compradores, 35% dos pesquisados no mundo todo disseram se preocupar com as altas tarifas/impostos de importação ao comprar fora do país. Os números mais significativos vêm do Canadá – 62% dos canadenses acreditam que as tarifas e impostos de importação são um problema – o maior percentual entre todos os países. Em segundo lugar, empatados, estão Alemanha e Brasil, com 48%. O impacto de tarifas e impostos de importação é ainda maior quando os pesquisadores tentaram elevar o valor isento de tributação. Cinquenta e seis por cento dos respondentes globais aumentariam seu volume de compras internacionais de 26% a 75% se as compras abaixo de 200 dólares fossem isentas de impostos.

Principais Recomendações Globais para Pequenas e Médias Empresas (PMEs)

As PMEs têm nos negócios internacionais uma oportunidade significativa para expandir seus mercados e aumentar suas receitas, desde que tomem medidas como:


  • Estudar seus níveis atuais de tráfego e negócios internacionais

As PMEs devem analisar o tráfego de visitantes em seus websites para entender a demanda natural por seus produtos e embasar futuras prioridades de marketing.


  • Aprender com seus pares

As PMEs devem observar outras empresas de pequeno e médio porte – inclusive suas concorrentes – para entender como elas lidam com marketing, pagamentos on-line e envio de pedidos.


  • Decidir se atuará de forma ampla ou restrita

As PMEs devem estabelecer uma estratégia e segui-la, com base em suas respostas às seguintes perguntas: Atender muitos países ou concentrar-se em apenas alguns? Sua mercadoria tem um apelo amplo ou é mais atraente em certos países? A atuação em certos mercados envolve considerações logísticas?


  • Concentrar-se em áreas limitadas no começo

Mesmo as PMEs que optam por uma ampla estratégia global devem, em um primeiro momento, entrar em apenas alguns mercados. Garantir que as exigências e complexidades específicas desses mercados iniciais são, de fato, compreendidas e administradas pode pavimentar o caminho para uma expansão mais ampla e bem-sucedida, posteriormente.


  • Identificar os parceiros certos, com base em sua estratégia e necessidades

As PMEs devem eleger os serviços e produtos específicos que as diferenciarão no mercado e, em paralelo, atender às necessidades e expectativas dos consumidores. Isso inclui examinar o valor dos mercados e dos fornecedores de logística.

Sobre a pesquisa

A Forrester Consulting, empresa de pesquisa independente, realizou uma pesquisa on-line em setembro de 2014 com 9.006 consumidores globais que fazem compras on-line e entrevistou 34 empresas de pequeno e médio porte que mantêm operações de comércio eletrônico internacionais na Austrália, Brasil, Canadá, China, Colômbia, França, Alemanha, Hong Kong, Índia, Itália, Japão, México, Porto Rico, Cingapura, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos para avaliar as atuais atitudes e experiências relacionadas às suas compras internacionais e o envio desses pedidos, incluindo os desafios e preocupações enfrentados por ambos os grupos para expandir essas práticas. Participaram da pesquisa consumidores com mais de 18 anos que, nos últimos 12 meses, tinham comprado um item físico pela internet, enviado para seu endereço ou de outro destinatário. As empresas de pequeno e médio porte entrevistadas foram questionadas sobre os fatores que as levaram a tomar a decisão de iniciar uma operação internacional de comércio eletrônico, suas experiências e desafios com o envio desses pedidos e os fatores que poderiam viabilizar a expansão dessa prática. O estudo foi realizado entre os meses de julho e setembro de 2014.